terça-feira, 25 de outubro de 2011




Há muito já não vôo, perdi a alegria, a inocência, e descobri o amor. Descobri que ele dói. Logo, os pensamentos felizes largaram-me à deriva, e o tempo fez questão de trazer de volta meu desejo de nunca crescer. Mas já é tarde. Peter Pan havia me alertado, porém não lhe dei ouvidos, e agora, serei lembrada não por minha força, mas pelo momento em que cai. Pelo momento em que desisti de tudo e de todos. Serei lembrado porque chorei pelo mundo e por ele. Serei lembrada por um coração partido que sugou toda a criança que agora, jaz em mim. Minhas quimeras se foram, junto com os sonhos e a magia, quem sou eu sem tais coisas? Pura apatia, talvez. Tenho medo. Medo do que me espera. Medo de continuar crescendo. Medo de que continue doendo… 
Bruna de Fátima, a menina que não queria crescer.

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